Decisão, Desejo e Acção
A decisão é, na verdade, o que de mais próprio concerne a excelência e é melhor do que as próprias acções no que respeita à avaliação dos carácteres humanos. A decisão parece, pois, ser voluntária. Decidir e agir voluntariamente não é, contudo, a mesma coisa, pois, a acção voluntária é um fenómeno mais abrangente. É por essa razão que ainda que tanto as crianças como os outros seres vivos possam participar na acção voluntária, não podem, contudo, participar na decisão. Também dizemos que as acções voluntárias dão-se subitamente, mas não assim de acordo com uma decisão.
Os que dizem que a decisão é um desejo, ou uma afecção, ou anseio, ou uma certa opinião, não parecem dizê-lo correctamente, porque os animais irracionais não tomam parte nela. Por outro lado, quem não tem autodomínio age cedendo ao desejo, e, desse modo, não age de acordo com uma decisão. Finalmente, quem tem autodomínio age, ao tomar uma decisão, mas não age, ao sentir um desejo.
Um desejo pode opor-se a uma decisão, mas já não poderá opor-se a um outro desejo. O desejo tem em vista o que é agradável e o que é desagradável. A decisão, contudo, não é feita em vista do desagradável nem do agradável.
A decisão é, na verdade, o que de mais próprio concerne a excelência e é melhor do que as próprias acções no que respeita à avaliação dos carácteres humanos. A decisão parece, pois, ser voluntária. Decidir e agir voluntariamente não é, contudo, a mesma coisa, pois, a acção voluntária é um fenómeno mais abrangente. É por essa razão que ainda que tanto as crianças como os outros seres vivos possam participar na acção voluntária, não podem, contudo, participar na decisão. Também dizemos que as acções voluntárias dão-se subitamente, mas não assim de acordo com uma decisão.
Os que dizem que a decisão é um desejo, ou uma afecção, ou anseio, ou uma certa opinião, não parecem dizê-lo correctamente, porque os animais irracionais não tomam parte nela. Por outro lado, quem não tem autodomínio age cedendo ao desejo, e, desse modo, não age de acordo com uma decisão. Finalmente, quem tem autodomínio age, ao tomar uma decisão, mas não age, ao sentir um desejo.
Um desejo pode opor-se a uma decisão, mas já não poderá opor-se a um outro desejo. O desejo tem em vista o que é agradável e o que é desagradável. A decisão, contudo, não é feita em vista do desagradável nem do agradável.
(http://www.citador.pt/textos/decisao-desejo-e-accao-aristoteles)
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A preocupação incensante, na tomada de decisões, com relação a ótica dos que nos cercam é ponto crucial para errar com convicção do erro, pois é levado em consideração o sentir do outro, quando o resultado de uma determinada ação for possivelmente um fator determinante não para nós mas para outro, em seu sentir sobre aspectos da vida, existência...sobre nós.
Todavia, voltado a nós mesmos e levando em consideração a própria vida, nada falha, pois o resultado seguinte, terá proporção maior ou menor apenas em nós, não importando o resultado indireto em outro ser próximo a nós. Bem na realidade, supomos que afetará em alguém algo que faremos, mas é impossível tal previsão uma vez que ninguém é plenamente capacitado para ter ideia do que passa na mente daqueles que nos cercam, suposições são meras ilusões daquilo que somos e muitas vezes projetamos noutro.
Sou defensora do velho e bom diálogo, seja de forma dolorida ou apenas amarga, a compreensão está nas palavras, nos gestos e nas ações. Por vezes o sangue esquenta e por vezes alguém escuta além daquilo que dissemos...porque há uma certa noção da compreensão.
Devo isso a paz estendida para o final de uma relação marital de 14 anos. O bom e velho diálogo, a favor da decisão, desejo e ação.
Impera na atitude do ser, o respeito, talvez não propriamente pela pessoa em si, mas pela vivencia, pela historia, pelo aprendizado, a vida em passado...louvando o presente.
Respeito pela existência ... nossa, embora tudo depende da essência do ser, depende do caráter, é bem lembrado sobre o pensar de Schopenhauer quando diz que o caráter do ser não se altera. Somos o que somos e o que modifica é tão somente a nossa existência, jamais nossa essencia, esta não muda, mas acentua-se naquilo que mais está propensa a ser no agir, no mundo das ideias quando colocada em prática.
Aristoteles, o pai da lógica, o grande filosofo, "Um desejo pode opor-se a uma decisão, mas já não poderá opor-se a um outro desejo.[...]A decisão, contudo, não é feita em vista do desagradável nem do agradável."
Diria que na tomada de decisão, há de se levar em conta quem somos, o que queremos, o que pensamos, racionalmente....todavia...quem é capaz de agir racionalmente sempre? há de seguir o coração...a nosso favor, a intuição e sem pestanejar, desafogar o que nos tenta matar, dizer, falar, fazer, errar, se o desejo nos for de grande importancia, há de vir tão logo, o prazer da compreensão, seja qual for...a tomada de decisão em desejo de uma simples e gostosa ação.
c.l.p
20-03-2012
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