segunda-feira, 25 de julho de 2011

permissividade de sentimentos

Tudo o que vemos vem de dentro.
Tudo o que sentimos depende da ótica que temos em determinado momento da vida. A felicidade existe, mas não vem do externo e quando  exterioziada por nós, é capaz de atingir quem está perto. E ela, a felicidade, é vivenciada de acordo com a ótica do momento da situação a qual vivemos.
Assim como a tristeza, quando exteriorizada, atinge quem está perto.
Sentimentos nossos, pairando na esfera dos pensamentos, apenas atingem o externo quando, ao serem exteriorizados tem permissão para tal....por isso não vem de fora, é só e tão somente de dentro.
A permissividade é prazerosa e saudável mas também perigosa e doentia.

Sejamos todos permissivos ao belo, se a página virar e o que nos tocar for a maldade da ótica do outro, fechamos o livro. Encerra-se a leitura. Abre-se outros.
Há muito de grande e misterioso nesse mundo, que esquecemos de agirmos com curiosidade e fome de aprendizado.

Que as pessoas sejam como queiram ser, que devemos entrar com amor a quem nos permite, que sejamos amados por quem permitimos, que saibamos olhar melhor aquilo que nos parece invisível, que tenhamos a percepção de que somos um grão de areia nessa imensidão da vida.

Observem o céu...os pensamentos voam, há muito mais por lá...Observem o mar, não se chega nunca a linha do horizonte, há muito mais por lá...

E essa sensação de infinito é comparativa ao amor.

Que amemos então, mas que amemos mesmo pois penso que para amar é necessário a presunção da entrega. O amor essencialmente agindo existencialmente. Por muitas vezes, senão todas, o dizer é um hábito fácil, já o agir ocorre quando o amor é intenso, e existe nessa intensidade a paixão, que movida pela coragem, nasce o mais profundo beijo.

Seja o que for...a permissividade só é bonita quando ao exteriorizar sentimentos por alguém, você os receba com o mesmo respeito e carinho e sinta desejo de retribuir, mas não por retribuir no sentido exato da palavra, mas sim por devolver o sorriso, as caricias e todas essas sensações gostosas.

Em muitos momentos acreditamos que ao exteriorizar algum sentimento bom (subjetivo), que quem os receberá, receberá de bom grado, e o que ocorre é que da mesma forma em que não desejamos carícias e gentilezas de alguns, é perfeitamente possível que outros não desejam nossa exteriorização de sentimentos.
A permissividade de sentimentos está na troca de palavras, pois um dá o direito a outro de saber sobre seus pensamentos, a entrega.

Carla lacrimae paz

em mil descobertas....o ser humano e suas indecifráveis faces...
atualizado em 06-08-11

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