quarta-feira, 14 de setembro de 2011

de repente

Parecia tudo correto. Eram apenas brincadeiras.
Metáforas em letras musicais.
Sumiço, do nada o ar da presença. Alegria.
Olho a minha volta, só há o vazio, o nada.
Percebo meu mundo, o amor forte, dentro de mim, que vaga.
Desejos inconclusos, meros sonhos
Meu corpo sedento por um abraço
Meus lábios secos em busca de um beijo
Parecia tudo muito calmo. Mas eu sei...brincadeiras...
Não dizia amor e nem desamor
Não dizia afeto e nem desafeto
E eu, ao olhar o descontentamento da realidade
Desejos de um sonho, o inesperado.
Alguém a me dizer tudo, sem dar tempo de me preparar
As mãos de um homem, de desejo puro, suas mãos...a me pegar.
De repente, de repente...levei mais a sério, aquele que comigo só fez a brincar
O respeito, gritou mais alto, cometi um erro, deixei de saber o que era amar
Parecia tudo correto, confusão em minha cabeça, pensamentos desalinhados
Ouvi pelas letras, as risadas sobre mim
Meu corpo fraquejou, minha mente delirou, o sensato foi sumir.
Parecia tudo correto, um amor analfabeto, faltando letras e sentido
De repente, é justamente agora que sinto
o quanto não levei a vida a sério, por relevar demais o brincar de amar
E algum dia, de repente algum dia espero, que nao se lembre
do meu desafeto, por não ter tido a coragem de a ti enfrentar
e nos teus braços e beijos, continuar a te amar.

Parecia tudo correto, era o medo a me dominar.
Agora acabou, e tenho a lembrança doce, para daquela noite
no meu coração guardar...daquele rosto que chora, da emoção estampada em lágrimas escondidas, ao falar da mãe que adora, do dizer sem receio, do receio em tocar, do tocar e do maravilhoso ato de beijar.




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