segunda-feira, 23 de julho de 2012

Coração em musica

"E tanto bateu que feriu, feriu a pele que sangrou, sangrou sem parar que doeu, doeu forte que os pensamentos eram de amor, amor que nasce puro, puro que se desfaz quando cresce condição, condição de me desfazer ser o que não sou, sou assim de falar ou escrever, escrever sentimento poetizar não pensar, pensar e calcular é o mesmo que mentir, mentir para adular não significa ferir, ferir que tanto feriu e durante todo o meu ser ferirá, a cada passo que dou giro o mundo, mundo esse que só penso em amar, amar de amar de amor dar, dar por receber o amor sem perceber, perceber e receber carinho e afeto, afeto que me marca e me tira do chão, chão que me prende quando quero voar, voar noutra realidade aquela coisa de quando nasce, nasce o desejo de amar, e tanto bateu que feriu, que curou e pronto está, está pronto para continuar loucamente a amar"
Carla L.

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A Alma do Amor
Quando um homem, quer tenda para os rapazes ou para as mulheres, encontra aquele mesmo que é a sua metade, é um prodígio como os transportes de ternura, confiança e amor os tomam. Eles não desejariam mais separar-se, nem por um só instante. E pensar que há pessoas que passam a vida toda juntas, sem poder dizer, diga-se de passagem, o que uma espera da outra; pois não parece que seja o prazer dos sentidos que lhes faça encontrar tanto encanto na companhia uma da outra. É evidente que a alma de ambas deseja outra coisa, que não pode dizer, mas que adivinha e deixa adivinhar.

Platão
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A Doce Incerteza do Romance
A própria essência do romance é a incerteza. Se algum dia me casar, farei tudo para me esquecer desse facto. 

Oscar Wilde
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Quem É Que Tu Amas?
- Quem é que tu amas? - continuou Murphy. - Eu, tal como sou. Podes desejar o que não existe, não podes amá-lo. - Nada mal, para um Murphy. - Se assim é, por que diabo te esforças tanto para me modificar? Para poderes deixar de me amar - aqui, a voz subiu e atingiu uma nota bastante honrosa - para deixares de estar condenada a amar-me, para seres dispensada de me amar.

Samuel Beckett
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